




12. Ouro, Cristal, Incenso
Dinis Santos
Texto de Pedro Levi Bismarck
«Nas generosas superfícies espelhadas das escadas e corredores do shopping, a classe média podia contemplar com deleite a sua própria jouissance, isto é, a sua própria falsa consciência. No entanto, a mise en abyme de espelhos – que fragmentava e projectava o corpo – era também a manifestação da dissolução do sujeito e da sua experiência, que apenas o reino da mercadoria e do crédito podiam agora recompor. Nas passagens, como no Brasília, a promessa da economia substituía a promessa política da revolução: a Revolução acabou por significar, tão só, liquidação.»
Pedro Levi Bismarck, 2018
Dinis Santos É fotógrafo, realizador e editor de vídeo.
Concluiu em 2007 a licenciatura em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e frequentou o primeiro ano do Mestrado em Filosofia Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Participa nas exposições colectivas: Co’licença (Maus Hábitos, 2013), Sem Quartel (Sismógrafo, 2014), Como se o mundo tivesse de ser todo, novamente, reaprendido (Mira, 2014), Gramáticas Flexíveis (Casa das Artes, 2015). É autor dos livros: Aquele estranho dia escuro (Pierrot le Fou, 2014), Sou o Zé Mário Branco (2017), Plastic (2017), 16 Dezasseis-Noves de Fotografias (Álea, 2018). Em 2017/2018 é bolseiro da FCT, no Instituto da História da Arte da FCSH-UNL, num projecto de investigação sobre Fotografia em Portugal 1860-1910.
32 p., 230 x 170 mm.
ISBN 978-989-54156-1-8
300 exemplares impressos na gráfica Maiadouro em Setembro de 2018.
10 Euros + portes de envio/ shipping cost