17. Burning dinosaur bones


Pedro Magalhães


Texto de Susana Lourenço Marques

«(...) Nesta série, o afastamento do figurativo e a dissipação do referente, segue de encontro a uma conceptualização da superfície, ensaiadas num plano contíguo, onde a pintura se apresenta cansada, sem brilho e sem profundidade — para enfatizar a abstração e reinventar a espacialidade única criada por esta máquina.
Em burning dinosaur bones podemos intuir outras imagens e obsessões, como são exemplo as viaturas acidentadas fotografadas por Mateo Pérez Correa em Siniestros (2015), os interiores de automóveis (des)habitados de Matthew Casteel, os Badly repaired cars (2016) de Ronny Campana, ou em Karma (2014) sobre a privacidade que Oscar Monzón interrompeu e iluminou, durante cinco anos, nos semáforos de Madrid. Em todos, o veículo que Roland Barthes comparou a uma grande catedral gótica, já não representa a conquista da velocidade nem dá forma à aceleração, não é objecto fetiche nem símbolo de contra cultura, mas rende-se ao paradoxo da imobilidade que a fotografia lhe impôs, monumentalizando o reflexo do seu consumo, valorizando a sua singularidade ao invés da equivalência e registando o que resta depois da glória. (...)
»
Susana Lourenço Marques, 2019


Pedro Magalhães (1975)
Artista plástico, licenciado em Engenharia Mecânica (FEUP). A sua prática artística é maioritariamente fotográfica, tem apresentado o seu trabalho em exposições, das quais destaca Vd=Xmax * Sd (Solar Galeria de Arte Cinemática, 2014), As Baleias (Galeria do Sol, 2018), Estar vivo é o contrário de estar morto (Galeria Municipal do Porto, 2019).

32 p., 230 x 170 mm.
ISBN 978-989-54156-5-6
300 exemplares impressos na gráfica Maiadouro em Dezembro 2019.
Co-edição PLF/ Escola de Arquitetura da Universidade do Minho
(Projeto Missão Fotográfica).

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