20. Stilleven


Filipe Alves




Texto de Pedro Bandeira e Susana Lourenço Marques

«O tema da natureza-morta (termo usado nos países do Sul da Europa) ou natureza-imóvel (termo derivado do holandês stilleven, usado também em Inglaterra ou Alemanha) surge nas imagens de Lippmann, perseguindo uma cultura visual herdada da pintura, mas também, e de modo muito pragmático, acondicionando-se às limitações técnicas relativas à emulsão e sensibilidade da placa de vidro, ou seja, o objeto fotografado deveria estar imóvel durante um longo período de tempo para que a fotografia ficasse nítida.
Do ponto de vista estético Filipe Alves recupera o tema, procurando composições de objetos que muito se assemelham às imagens de Lippmann, mas, simultaneamente, introduz nestas composições outros que acentuam a perturbação da imagem — borrifadores, pistolas de cola-quente, tupperwares — tudo em plástico, derivado do petróleo, da natureza morta. É esta ironia que vinca o valor rememorativo atribuído ao método de Lippmann.»
Pedro Bandeira & Susana Lourenço Marques, 202

Filipe Alves

É artista e cientista radicado em Lisboa, onde
também estudou arquitetura. Há mais de uma década que produz imagens desenvolvidas com o processo de Gabriel Lippmann (1845-1921) tendo, neste âmbito, participado em várias exposições de museus europeus.  

É cofundador do estúdio de fotografia Silverbox (dedicado à prática de tecnologias fotográficas alternativas) e também cofundador do 18:25 (um estúdio dedicado à produção de imagens virtuais na área da arquitetura).


32 p., 230 x 170 mm.
ISBN 978-989-53583-1-1
300 exemplares impressos na gráfica Maiadouro em Março de 2022.
Co-edição PLF/ Escola de Arquitetura da Universidade do Minho.

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